quarta-feira, 23 de junho de 2010

Curto diálogo entre um mortal e o Tempo

















Curto diálogo entre um mortal e o Tempo

— Gente passa, Passatempo, Tempo passa... A gente passatempo... Passa, tempo. Passa! – diz o mortal.
— Não, não passarei. Voarei sempre igual. – diz o Tempo.
— Isso! Então voa! Mas voa pro teu ninho e me dê paz! – grita o mortal.
— Não tenho ninho senão o espaço. Meu ninho já é tudo que existe. Se tu existes, és meu. Sinto muito: enquanto viveres, não lhe darei paz. Ultimato.

...

A palavra última é sempre a do tempo. Caso encerrado.

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