terça-feira, 28 de dezembro de 2010

Navegar é Preciso, de Fernando Pessoa.

De certa forma este poema se tornou parte do meu "lema de vida". Ele entrou em mim e não saiu mais.

















Imagem: http://phatpuppy.deviantart.com/art/Slow-Boat-to-China-123924031?q=boost%3Apopular+boat&qo=15




Navegar é Preciso


Navegadores antigos tinham uma frase gloriosa:

"Navegar é preciso; viver não é preciso".

Quero para mim o espírito [d]esta frase,
transformada a forma para a casar como eu sou:

Viver não é necessário; o que é necessário é criar.
Não conto gozar a minha vida; nem em gozá-la penso.
Só quero torná-la grande,
ainda que para isso tenha de ser o meu corpo e a (minha alma) a lenha desse fogo.

Só quero torná-la de toda a humanidade;
ainda que para isso tenha de a perder como minha.
Cada vez mais assim penso.

Cada vez mais ponho da essência anímica do meu sangue
o propósito impessoal de engrandecer a pátria e contribuir
para a evolução da humanidade.

É a forma que em mim tomou o misticismo da nossa Raça.

[Nota de SF

"Navigare necesse; vivere non est necesse" - latim, frase de Pompeu, general romano, 106-48 aC.,
dita aos marinheiros, amedrontados, que recusavam viajar durante a guerra, cf. Plutarco, in Vida
de Pompeu]

domingo, 26 de dezembro de 2010

Antologia Twística



Perólas do meu twitter (@israel_as)

"Faço exercícios ouvindo Stravinsky. Lol."

"No matter who you are. At some point, you'll need somebody to stand by you."

"Debaixo dos caracóis de seus cabelos..."

"6 pequenas grandes atitudes: 1 - menos tv; 2 - mais leitura; 3 - menos consumo; 4 - mais sonhos; 5 - menos alienação; 6 - mais reflexão."

"É, na vida temos tantas paixões... Mas nenhuma delas excede o valor das amizades."

"Tem coisas que todo mundo "sabe", mas não viveu. A experiência é a afirmação da realidade."

"... A vida só consome o que alimenta. - Ferreira Gullar"

"Status: olhando para meus sonhos. Sem desviar."

"Nossa história adormece, mas não acabou. Até que ela recomece, vamos viver tudo que a vida oferece, com dedicação e sonhos."

"Se foi um erro, eu quero errar sempre assim." - Capital Inicial.

"Pódis crê, nunca se sabe o que pode crescer de uma pequena semente..."

"Aproveitem sempre o máximo: se a vida passa rápido, imagine a juventude?"


Imagem: Israel Silva - Fóssil de Flor (Trabalhos Fotográficos)

quarta-feira, 22 de dezembro de 2010

Feliz ano novo! Mas antes... Uma antologia retrospectiva.

Seleção de trechos dos melhores posts:

16 de Junho, 2010: Prólogo


Sobre o blog:

Pensassonhos é um blog criado para ser minha principal plataforma de expressão virtual. Nele, o leitor encontrará muita poesia, bem como prosas e outros gêneros textuais. Quem liga para os gêneros textuais... O negócio aqui é simples: abordar filosófica e artisticamente qualquer tipo de matéria ou energia, com uma visão multifocal e sistêmica, mas dando ênfase aos acontecimentos da minha própria vida, da sociedade e da vida como um todo.

Também me dou a ousadia de fazer críticas de livros, peças teatrais, filmes etc. Em breve também postarei aqui algumas entrevistas. Aguarde...

Sobre o autor:

Eu, Israel Silva, nasci em São Paulo, em 1993. Sou estudante e escrevo desde os oito anos de idade. Recentemente, no entanto, resolvi levar a sério o hábito da escrita, e não tê-lo mais como um simples hobbie. Já obtive conquistas! Em outubro de 2010, ganhei meu primeiro concurso de redação, e com isso ganhei também bolsas de estudo e uma coluna só minha no Jornal de Terra Preta, que vai entrar em circulação a partir de 2011. Tenho também participado de saraus e projetos culturais. Atualmente trabalho num livro intitulado "Pensassonhos", daí o nome do blog, e pretendo lançá-lo também em 2011.

Sou tecladista e compositor amador também. Em geral, gosto de artes de todos os tipos, filosofia, ciências humanas e cosmologia. Apesar de tudo isso, rexala... eu não sou um ET (eu acho). Bom, isso é até mais do que você precisa saber, leitor amado. Fui!! Valeu.

Follow me on tuíster >> twitter.com/israel_as

17 de Junho, 2010: Você está disposto à assumir os riscos da ética?



Sócrates admitiu que poderia ter evitado sua condenação (beber o veneno chamado cicuta) se tivesse desistido da vida justa. Mesmo depois de sua condenação, ele poderia ter evitado sua morte se tivesse escapado com a ajuda de amigos. A razão para sua cooperação com a justiça da pólis e com seus próprios valores mostra uma valiosa faceta de sua filosofia" (...)

Fonte: http://pt.wikipedia.org/wiki/S%C3%B3crates

Agir com #ética e moral pode ser perigoso, chega à dar adrenalina. Mas é como um esporte radical: ESTOU DISPOSTO À ENFRENTAR O RISCO. - Israel A. Silva. Fonte: http://twitter.com/israel_as



21 de Junho, 2010: Insônia - Pensamentos Submersos (Versão Atual)
















Nadam em minha mente fervilhando...
Dentro de mim se debatem horrores violentos
E voam insetos ziguezagueando.

Nesse meu interespaço vazio
Só existem insistem galáxias e agulhas...
Nadam pensamentos submersos em sono,
Pensam lentos providos de brânquias...
SILVA, Israel. Pensassonhos, pg. 10. São Paulo, 2010. Todos os Direitos reservados.

14 de Julho, 2010: Onde encontrar a felicidade?

Algumas frases de Epicuro

“Só há um caminho para a felicidade. Não nos preocuparmos com coisas que ultrapassam o poder da nossa vontade.”
“Nada é bastante ao homem para quem tudo é demasiado pouco.”
“Aquele que melhor goza a riqueza é aquele que menos necessidade dela tem.”
“Queres ser rico? Pois não te preocupes em aumentar os teus bens, mas sim em diminuir a tua cobiça.”
“É estupidez pedir aos deuses aquilo que se pode conseguir sozinho.”
“O prazer não é um mal em si; mas certos prazeres trazem mais dor do que felicidade.”
“Se queres a verdadeira liberdade, deves fazer-te servo da filosofia.”


13 de Agosto, 2010: A mesma mão que acaricia: Crítica aos crimes passionais (Versão Atual, adaptada)















Assassinato Passional



Que amor é esse que pinga sangue em gotas pálidas?
Que jorra terror
Que destroça a face amada numa feição de dor
Que se desmancha em lágrimas ácidas?

Como é possível cruelmente esfacelar
Nas mãos a mesma flor que tu amas
Como se fosse o amor pétala caída?
Que sorte pode-se tirar?

(...)
SILVA, Israel. Pensassonhos. Pg. 77. São Paulo, 2010. Todos os direitos reservados.


11 de dezembro, 2010: Sonata dos Textos Póstumos (em memória de uma paixão qualquer)














1 - Depoimento.

Você é tão pequena e seu coração é tão grande... E eu, que me achava forte, me perdi em incertezas e contradições. Culpa do teu sorriso manso. E agora vejo brotar um mundo de sentimentos cujos quais não tenho controle. Preparo escudos para te proteger das flechas desse mundo. Fecho minhas asas para que as dificuldades não invadam nossa escuridão perfeita.
O tempo vai dizer. Até lá, veremos as flores se destacarem nos escombros.
Até lá,
Te Amo."

2 - Efêmero.

Agora acabou. Deus, ou qualquer coisa poderosa nesta vida, arrancou de nós esta paixão, esta erva daninha. Não tenho muito a dizer, estou ferido. Só isso.

3 - Olhando pra trás.

Pensando bem... Estávamos previstos ao abismo: havia um abismo entre nós. Culpado eu que ignorei os presságios do erro. A paixão surgiu certa na hora errada. Esperávamos um tapete vermelho, mas não sabíamos: nosso caminho escondia serpentes, nossa peçonha era insuficiente.
Fazer o quê? Não há antídoto. Não há.

19 de dezembro, 2010: Depoimento para cortar os pulsos.


Saí do teatro calado, em transe, perdido, com os pulsos cortados. Feliz ao extremo, ainda que não houvesse mais chão para caminhar. Voltei pra casa de minha avó, lembrando-me do amor. O amor foi o foco dos meus pensassonhos durante toda a noite. No dia seguinte, domingo, voltei pra casa em Mairiporã. Estou até agora perdido em pensassonhos, em inspiração, em felicidade, em saudade, em tudo e em nada.
E um agradecimento à você, leitor amado, que deve se perguntar: Vale a pena amar? O que vale a pena nesta vida?

"Razão e Emoção são forças equivalentes e igualmente opostas; o equilíbrio entre ambas causa um equilíbrio cruelmente sadio entre tempestade e bonança. Ironia." - Israel Silva.

"Razão, de que me serve teu socorro? / Mandas-me não amar, eu ardo, eu amo; / Dizes-me que sossegue, eu peno, eu morro." - Bocage.

— Chega. Vou chorar e rir ao mesmo tempo. Já volto.

Feliz 2011!!



domingo, 19 de dezembro de 2010

Depoimento para Cortar os Pulsos

Isto aqui é uma crítica desregrada, sem substância de crítica, meio poética, com clima paulistano. O foco principal: a peça teatral “Música para Cortar os Pulsos”.


Ontem (sábado, dia 18/12/10) sai de casa com um objetivo. Levantei, tomei café, troquei as roupas com zelo, fiz a profilaxia dentária e logo: fui. É importante ressaltar que moro em Mairiporã, e meu objetivo era ir para São Paulo. Nada de mais: já morei em São Paulo.

Continuando, vou descrever minha odisseia com algoritmos mal feitos (perdoai): peguei o primeiro ônibus; desci na estação Tucuruvi; peguei o metrô; fiz baldeação; desci na Patriarca; fui à casa do meu melhor amigo; com meu melhor amigo, peguei outro ônibus; depois, outro metrô, até a estação Anhangabaú; lá andei quilômetros, todo confuso e perdido por falta de experiência em andar no centro; encontrei o Teatro da Memória, meu local de destino; arfando – ufa.

É claro que não foi só isso, passei no meio de uma das cidades mais grandiosas e desiguais do mundo. Vi, entre a magnificência dos edifícios, os moradores de rua roendo suas camas de papelão, as prostitutas de microssaia esperando, as subculturas urbanas e seus hábitos tribais, os usuários de crack, e também os ricos. Acima de tudo (literalmente acima de tudo) chovia. Chovia leve, garoava.

Mas meu amigo e eu, tentando agirmos com fria indiferença, passamos pelo meio das gentes, da chuva, das manchas de sangue no chão e das pichações rupestres, para podermos chegar a tempo na rua tal, como é mesmo? Álvaro de Carvalho. Conseguimos achar a tal rua na base do “quem tem boca vai ao teatro”, afinal não tínhamos GPS.

Ao chegarmos, cansados, esperamos. Ou por milagre ou por velocidade, chegamos cedo. De longe dava pra ouvir um samba paulistano de primeira. Descansamos (o corpo, pois a mente estava ansiosa). Logo o teatro abriu suas portas convidativas. Entramos, esperamos mais um pouco.

Eu, particularmente, era o mais ansioso. “Cara, Mayara Constantino, Kauê Telloli, Victor Mendes, toda a galera do Tudo que é Sólido pode Derreter... Isso vai ser incrível!” eu pensava. E quem precisa de cinema 3D? Não há nada mais 3D, nada mais real life do que o Teatro, gente minha!

Bem, continuando, que me perdoem os marmanjos do elenco, mas eu estava muito mais eufórico para ver a Mayara, tamanha admiração que tenho por ela. Mayara Constantino em 3D Real Life – é... Sou fã dela desde a série Tudo que é Solido, e cheguei a versejar pra ela: “Nada haveria de belo / na triste luz do luar, / não fosse a semelhança / que ele tem com seu olhar.” Fofo né?

Se bem que, com o perdão de Mayara também, mas a peça em si é o que eu queria. A peça Música para Cortar os Pulsos tem foco em três jovens com conflitos amorosos: Isabela (Mayara) está com o coração partido; Felipe (Kauê) quer se apaixonar e Victor (Ricardo) é apaixonado por Felipe. E em meio à profundidade do enredo (enredo este que aborda o amor no seu âmago, onde ele é ainda misterioso e doído), músicas que realmente te tocam vão embalando as cenas.

Engraçado que, antes da peça começar, fiz questão de sentar-me ao lado de uma gatinha (eu, xavequeiro que sou). Mas então começou a peça, e eu esqueci da gatinha. Aliás, o espetáculo Música para Cortar os Pulsos anulou tudo que nos cercava: as gatinhas, a chuva, a desigualdade selvagem lá de fora, tudo. Exceto nossa alma: a alma do público foi escancarada e tocada de tal maneira que, ao final, todos éramos almas apenas.

Tecnicamente, a peça se divide em várias cenas, anunciadas pelos personagens; praticamente, as cenas te dividem em várias peças, sem anúncio algum. Cada cena tem seu foco, seu toque, mas todas abordam a força fundamental de toda alma humana em tal grau íntimo que...: o amor. Apesar da grandeza deste singelo tema, a peça é acompanhada do começo ao fim de um bom humor genuíno. Em certos momentos, só ríamos até doer, rsrsrs.

É claro que havia um equilíbrio, entre rosas e espinhos, entre risadas e lágrimas. Eu, por exemplo, que já vivenciei o amor, me senti muito (muito) tocado pelo espetáculo. Terminei um relacionamento faz pouco tempo, e me enchi de perguntas e sentimentos nostálgicos e culposos. Posso dizer que recomendo esta peça principalmente para pessoas sensíveis e sem medo de abordar o amor. Pois uma hora ou outra, ao longo das cenas, você há de se perguntar: Mas que droga que é o amor? Vale a pena amar? Se não vale, o que vale?

Sobre a atuação do elenco: Meu Deus. Não tenho o que dizer. Só que eles fizeram de Música para Cortar os Pulsos a melhor peça teatral que já vi na minha vida até agora. Pena que eu a vi logo em sua penúltima apresentação. Mas devo dizer que valeu a pena ficar com os pés doloridos de tanto andar calçando All Star, úmido de chuva, pela cidade. Ah! Tudo valeu a pena.

Saí do teatro calado, em transe, perdido, com os pulsos cortados. Feliz ao extremo, ainda que não houvesse mais chão para caminhar. Voltei pra casa de minha avó, lembrando-me do amor. O amor foi o foco dos meus pensassonhos durante toda a noite. No dia seguinte, domingo, voltei pra casa em Mairiporã. Estou até agora perdido em pensassonhos, em inspiração, em felicidade, eu saudade, em tudo e em nada.

Não fiques triste, leitor amigo, se você não viu esta peça, despedaçada de tão íntegra, dolorosa de tão íntima, alegre de tão destemida. Em breve sairá o filme e, talvez, uma nova temporada no teatro. Enfim, espera, que o que é bom sempre volta.

Um beijo e sinceros agradecimentos desesperados à todos aqueles que realizaram Música para Cortar os Pulsos.

E um agradecimento à você, leitor amado, que deve se perguntar: Vale a pena amar? O que vale a pena nesta vida?

...

"Razão e Emoção são forças equivalentes e igualmente opostas; o equilíbrio entre ambas causa um equilíbrio cruelmente sadio entre tempestade e bonança. Ironia." - Israel Silva.

"Razão, de que me serve teu socorro? / Mandas-me não amar, eu ardo, eu amo; / Dizes-me que sossegue, eu peno, eu morro." - Bocage.

...

— Chega. Vou chorar e rir ao mesmo tempo. Já volto.

quarta-feira, 15 de dezembro de 2010

Os guardiões da Generosidade

Foi com essa redação que você irá ler que eu tive a honra de vencer o VIII Concurso de Redação do Lions Club de Mairiporã, vitória essa que me abriu muitas portas. Não sei nem se mereci, mas enfim... Enjoy ^^


















"Os Guardiões da Generosidade"

Infelizmente, ser voluntário nos dias atuais é quase impensável para muitas pessoas. Poucos se sacrificam por outro ser humano ou por uma causa real. Nossa sociedade, como organismo, corre o risco de contrair uma grave enfermidade, a Hipogenerosidade.
A doença nasce da alienação, da precariedade educacional, deficiência de conhecimento e esmorecimento ético e cultural, bem como carência de senso crítico e da existência de preconceitos e de uma hipocrisia cancerígena que causa cegueira a muita gente.
Não obstante, há anticorpos. Dentre o povo brasileiro existem pessoas solidárias; mediante a catástrofes e crises, o Brasil se mostra unido. Temos honrosos exemplos de instituições que trabalham pelo bem comum, enquanto o desgoverno é passivo ou impotente. O grupo Afroreggae, a AACD e o Lions Club são instituições exemplares.
É importante ressaltar que o voluntário, dotado de generosidade, não se contamina com nenhum individualismo egoísta ou ideal vazio e consumista, induzido por uma mídia manipuladora. E a pessoa generosa sabe que o bater de asas de uma borboleta pode gerar um furacão, e que uma grande árvore cresce de uma pequena semente. A pessoa solidára é consciente da força de seus atos, sejam eles pequenos ou grandes.
A única vacina para a indiferença é a ação, indivual e coletiva. Se agirmos antes de chegarmos ao precipício, podemos reabilitar o fragilizado organismo da nossa sociedade.




* Imagem >> http://wanderleyelian.blogspot.com/2010/08/maos-dadas.html

sábado, 11 de dezembro de 2010

Sonata dos Textos Póstumos (em memória de uma paixão qualquer)














1 - Depoimento.


Você é tão pequena e seu coração é tão grande... E eu, que me achava forte, me perdi em incertezas e contradições. Culpa do teu sorriso manso. E agora vejo brotar um mundo de sentimentos cujos quais não tenho controle. Preparo escudos para te proteger das flechas desse mundo. Fecho minhas asas para que as dificuldades não invadam nossa escuridão perfeita.
O tempo vai dizer. Até lá, veremos as flores se destacarem nos escombros.
Até lá,
Te Amo."

2 - Efêmero.

Agora acabou. Deus, ou qualquer coisa poderosa nesta vida, arrancou de nós esta paixão, esta erva daninha. Não tenho muito a dizer, estou ferido. Só isso.

3 - Olhando pra trás.


Pensando bem... Estávamos previstos ao abismo: havia um abismo entre nós. Culpado eu que ignorei os presságios do erro. A paixão surgiu certa na hora errada. Esperávamos um tapete vermelho, mas não sabíamos: nosso caminho escondia serpentes, nossa peçonha era insuficiente.
Fazer o quê? Não há antídoto. Não há.

...

"Razão, de que me serve o teu socorro?
Mandas-me não amar, eu ardo, eu amo;
Dizes-me que sossegue, eu peno, eu morro."

- Bocage


* Imagem: Why, by Anndr. (deviantart.com)