domingo, 2 de janeiro de 2011

Entre(Vista) com J. A. Nobel

"May era uma sombra da luz do sol quando olhou para mim. A luz bem atrás de si, sua pele pálida iluminada com dourado; mas foram seus olhos que me chamaram atenção, estavam tão tristes e cautelosos como nunca os vi."









Olá, meus caros leitores! Começamos 2011 com  pé direito. Com muito carinho eu vos apresento a primeira entrevista do blog Pensassonhos ©. Trata-se de uma entrevista exclusiva com a jovem escritora independente J. A. Nobel, uma natalense de 1993 que já esbanja muito talento.

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Entrevista com J. A. Nobel.



Israel Silva: Srtª Nobel, é um prazer tê-la como a primeira entrevistada do blog Pensassonhos. Pessoalmente gosto muito do seu trabalho, e esta está sendo uma oportunidade muito oportuna (rsrs). Enfim, diga pros leitores, como e quando você começou a escrever? E por quê?

J. A. Nobel: Bom, eu era mesmo aquele rato de biblioteca quando pequena. Sempre gostei das aulas de produção textual e sempre levava bronca por escrever histórias muito grandes. Com 12 anos criei coragem e comecei com uma historinha mais elaborada, que não ficou lá essas coisas. Tentava tanto me superar, que em dois anos escrevi cinco histórias gigantes, todas inspiradas nos meus ídolos da época, porque eu costumava escrever pra um site de fanfics (graças a Deus eu cresci). Depois disso vieram mais quatro, sendo uma delas o meu livrinho favorito, Depois da meia noite, terminado em fevereiro de 2009, e outras duas, parte de uma só série, que eu estou dando uns últimos ajustes.

Israel: Sempre tem um começo, e é Interessante você ter começado com fanfics. Aliás, todo artista tem uma história pra contar. Você poderia, brevemente, tentar nos contar um pouco da sua história de vida?

J. A.: Minha vida sempre foi um tanto maluquinha. Muitos de minhas aventuras da pré-adolescência inspiraram minhas histórias, então não dá exatamente pra contar tudo (risos).

Israel: Olha só! (risos). Continue.

J. A.: Sempre fui apegada à família. O que eu faço por eles sempre vem em dobro. Mais nova, tinha a vaidade de ser a primeira da turma. Estudava antes das aulas serem dadas, fazia minhas atividades perfeitamente, e claro, babava os professores. A vaidade acabou, pra minha vergonha, e eu não tenho mais paciência de passar horas respondendo perguntas sem graça. Os professores ainda me amam, mas odeiam aquela piadinha sarcástica que eu solto sem querer no meio da aula. Não sigam meu exemplo, por favor. Eu mesma gostaria que tivesse sido exatamente o contrário.

Israel: Ah, não se sinta culpada. É meio difícil gostar de estudar hoje, até para os mais estudiosos. O sistema educacional de hoje está totalmente errado, obsoleto, alienante [argumento apoiado em Augusto Cury e Rubem Alves]. Mas enfim... E suas histórias de amor?

J. A.: As minhas melhores histórias de amor nunca realmente chegaram a acontecer. Eu gostava mesmo era de dar fora nos garotinhos. Fase da crueldade. Agora me parte o coração (muitos risos).

Israel: Ai ai, que má. Brincadeiras a parte, você é um tanto talentosa para uma garota tão jovem. A que se deve seu talento: estudo, sensibilidade, treino...?

J. A.: Nossa, obrigada por essa. A resposta então seria observação. Simples. Tenho uma mente que trabalha noite e dia. Com o tempo aprendi a ler pessoas, fiquei boa nisso; aprendi a criar personagens que se parecem com gente que encontramos todo dia.

Israel: Você tem alguma influência literária? Qual?

J. A.: Não sei se é uma coisa pra dizer com orgulho, mas minha influência literária veio dos tais sites de fanfics. Percebi que eu sabia fazer o mesmo.

Israel: Como uma garota sensível e talentosa, você deve ter muitas paixões e sonhos. Pode dividi-los conosco?

J. A.: Nossa, que assunto delicado, hehe. Bom, sonhos eu tenho muitos. Faculdade, apartamento, emprego, casamento saudável, viagens. Não pretendo ganhar milhões nem conquistar o mundo. Gosto muito de sentir borboletas na barriga de vez em quando, mas aprendi mesmo a cuidar de mim, gosto de sentir segurança quando estou com alguém. Acaba parecendo maldade, mas pra ganhar um sim da minha pessoa é preciso esforço. rsrsrs

Israel: Ui, mandou um recado aí para os marmanjos de plantão. Espero que seu livro não seja tão difícil (risos). Conte-nos mais sobre sua obra. Do que se trata e como adquirir?

J. A.: Você sabe que sempre que me perguntam eu não sei explicar direito? Bom, Depois da meia noite é uma história mística que veio com o propósito de quebrar esse romantismo exacerbado da literatura dos dias de hoje e abrir os olhos das pessoas para os pequenos detalhes que constroem o verdadeiro amor. A história mostra a mente dos jovens de hoje, especialmente a mente masculina – por apresentar eu lírico desse gênero – e relata suas reações quando coisas fora do comum acontecem. Ryan é um garoto popular do colégio McOnnel na Califórnia; típico riquinho mimado, tem o que quer na hora que quer. Mas é quando ele conhece uma garota peculiar na escola que ele descobre que sua vida não é perfeita. Sem nunca ter se apaixonado por ninguém, estar no meio de uma paixão impossível o faz enlouquecer. É um livro que acontece no mundo real, onde as pessoas mentem, onde a dúvida existe, onde os adolescentes vivem suas vidas inconsequentes e se preocupam em ser julgados pelos outros. O link para compra do livro está no meu blog, ou diretamente em http://agbook.com.br/book/18398--Depois_da_meia_noite. Sou suspeita pra dizer que vale a pena, eu sei, mas o livro tem surpreendido até a mim. O final é uma grande surpresa.

Israel: Muito bom, conseguiu explicar direitinho. Estamos chegando ao fim, mas ainda falta um detalhe. É engraçado (e você há de concordar) como é difícil para as pessoas olharem pra si mesmas e tentarem encontrar alguma definição. Mas olhando para você, como você se define? Enfim, quem é J. A. Nobel?

J. A.: Estou tentando pensar numa resposta bacana pra isso aqui. Aqueles defeitinhos vêm logo à mente e dá a maior vergonha de se autoelogiar. Sou uma garota vaidosa: meu cabelo é tão mimado que até já tem vida própria. Sou perfeccionista, apesar de bastante prática; tagarela, como já deu pra notar, às vezes sou até um pouquinho “reclamona”; sou caseira, e também um tanto crítica. Talvez eu possa dizer que me orgulho bastante dos meus “dotes artísticos”. Adoro desenhar, cantar junto do meu violão, criar histórias sempre que posso. Sou péssima nos esportes, super desastrada, mas tenho um tio aventureiro que sempre me leva pra fazer rapel sem o consentimento da minha mãe. Minha família é maluquinha. Adoro ficar com meus amigos, que por sinal, são maravilhosos. E o que eu mais gosto de fazer é responder emails contando sobre meus livros. Muito obrigada pela oportunidade, Israel.

Israel: Imagina, eu que agradeço.

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E você, leitor, pode acompanhar a trajetória e as pérolas da autora bem de perto. Basta acessar seu blog: http://rightaftermidnight.blogspot.com. Sigo e recomendo!

Pensassonhos © : Dando voz à jovem arte.


2 comentários:

  1. Oi, sobrinho...como esta eu ainda não tinha visto...tô aqui de novo babando por vc!!

    Parabéns e siga em frente...no que depender de mim...seu blog terá sempre uma leitora ávida e acima de tudo, orgulhosa!

    Bjux

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