sábado, 11 de dezembro de 2010

Sonata dos Textos Póstumos (em memória de uma paixão qualquer)














1 - Depoimento.


Você é tão pequena e seu coração é tão grande... E eu, que me achava forte, me perdi em incertezas e contradições. Culpa do teu sorriso manso. E agora vejo brotar um mundo de sentimentos cujos quais não tenho controle. Preparo escudos para te proteger das flechas desse mundo. Fecho minhas asas para que as dificuldades não invadam nossa escuridão perfeita.
O tempo vai dizer. Até lá, veremos as flores se destacarem nos escombros.
Até lá,
Te Amo."

2 - Efêmero.

Agora acabou. Deus, ou qualquer coisa poderosa nesta vida, arrancou de nós esta paixão, esta erva daninha. Não tenho muito a dizer, estou ferido. Só isso.

3 - Olhando pra trás.


Pensando bem... Estávamos previstos ao abismo: havia um abismo entre nós. Culpado eu que ignorei os presságios do erro. A paixão surgiu certa na hora errada. Esperávamos um tapete vermelho, mas não sabíamos: nosso caminho escondia serpentes, nossa peçonha era insuficiente.
Fazer o quê? Não há antídoto. Não há.

...

"Razão, de que me serve o teu socorro?
Mandas-me não amar, eu ardo, eu amo;
Dizes-me que sossegue, eu peno, eu morro."

- Bocage


* Imagem: Why, by Anndr. (deviantart.com)

3 comentários:

  1. Muito bom, Israel! Me trouxe um sorriso ao rosto.

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  2. Sobrinhoooo...que orgulho!!!...muito bom seu Blog, vou visitar sempre, com certeza!
    Bjão e parabéns!
    Ps.: em Janeiro a gente fala mais, sobre.

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